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quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Convergência de Mídias.


Introdução

Dizer que o mundo gira em torno das mídias sociais, não é nenhuma novidade e a internet é a base dessa cadeia convergente. Jornais, revistas, TV, rádios, todos se reportam, para a internet Através do “se quiser saber mais..” ou “participe do chat com o especialista...”ou ainda “ vote na escolha da nova programação...” essas mídias tradicionais vão se adaptando ao mundo dos internautas e esses vão se tornando co-responsáveis no processo de criação dessas mídias.

Hoje a sociedade da informação é a sociedade da convergência, pois as mídias específicas se cruzam se fundem e se confundem nessa interação, onde todos os aparelhos eletrônicos se comunicam entre si. Um aparelho pode ser rádio, TV, computador, câmera digital, filmadora e controle remoto ao mesmo tempo.

Num futuro, que pode ser amanhã,  a conectividade estará para o indivíduo  assim como a vestimenta. Passará a ser um costume normal. Aquele que sair de casa sem um aparelho que o conecte com o mundo, se sentirá nu. Essa interação midiática é fascinante, pois permite ao usuário interagir com os diversos meios, emitindo opiniões, adicionando conteúdos, tudo em tempo real se valendo da mobilidade com ubiqüidade. Isso numa velocidade, se não a ideal, pelo menos satisfatória.

A internet tenderá a se tornar gratuita, seja por medidas públicas (como já ocorre em diversas cidades brasileiras) ou por empresas privadas, assim como o rádio e a TV. Isto juntamente com os preços baixos dos computadores, promoverá a inclusão digital das classes C, D e E com maior facilidade.

Convergência na Escola


O advento do computador nas escolas, já tinha proporcionado uma mudança no comportamento dos atores no processo ensino-aprendizagem. Quando ainda estamos digerindo esta tecnologia educacional, eis que a ela vão se agregando as novas mídias, com uma rapidez em GHz e a escola e seus agentes tem que absorvê-las, entendê-las, adaptá-las e otimizá-las. A sala de aula passou a ser também convergente no processo.

Neste novo mundo, todos são protagonistas, aluno, professor, comunidade. Ao aumento crescente da quantidade de informações disponíveis, surge o desafio de “domá-las” e mostrar limites para seu bom uso pelos alunos, separar o joio do trigo para que se tenha boa colheita.

O  ambiente de aprendizagem, tornou-se colaborativo. Podemos utilizar a Wikipédia para a pesquisa de um trabalho escolar, onde os alunos postaram a parte que lhes cabe no trabalho no Google Docs, onde os demais poderão editá-las on line. Podem construir blogs das turmas ou interagir no blog dos professores, podem produzir material de vídeo e publicar no Youtube, participar de comunidades específicas no Orkut e Facebook. Publicar suas fotos no Panoramio, Picasa, Flickr, etc.. e trocar impressões com os demais. Neste processo é fundamental a preparação do professor para exercer suas funções com conhecimento e qualidade, para que aproveite ao máximo os recursos oferecidos por esta plataforma. O professor precisa estar preparado para se relacionar com seus alunos de igual para igual. Precisa ter suporte técnico e uma infra-estrutura adequada que lhe garantam qualidade no trabalho desenvolvido com os alunos.

Perigo à Vista


Como toda estrada tem sua sinalização e quando não se respeita a velocidade pode-se sofrer um acidente, também na estrada da convergência midiática estamos sujeitos a perigos se não observarmos algumas placas de sinalização. Os mais sujeitos a derrapagens são as crianças e os adolescentes, pois estes estão sujeitos a pornografia, sexting, pedofilia, cyber bullying, dentre outros. Mas como controlar, o que aparentemente não tem controle? Através do diálogo e para isso é necessário que os pais e a escola estejam atentos para o comportamento dessas crianças e adolescentes, monitorando-os, sabendo os sites em que navegam, mantendo os computadores em local de grande acesso em casa, estipulando dias e horários para uso e principalmente tendo uma conversa aberta mostrando quais são os perigos, aparentemente inocentes, que se escondem na tela do computador. Notícias  em jornais, revistas e TV sobre ciladas na internet, devem ser mostradas e discutidas com os jovens.

Convergência de Mídia na Prática

O que anda em pauta ultimamente na mídia, é o bullying nas escolas, entre os alunos. Abordei este assunto na disciplina de ética, onde conversávamos sobre ética no ambiente escolar. Os alunos levantaram a questão do bullying praticado pelo professor e foram citados diversos exemplos dessa prática  pouco discutida pela mídia e no próprio ambiente escolar.

Tema da proposta para os alunos
Projeto Bullying

O bullying praticado pelos professores

Objetivos

Fazer com que os alunos possam expressar suas frustrações e sentimentos reprimidos em relação às práticas de bullying pelo professor. Ouvir a opinião dos grupos do que pode ser feito, junto à direção das escolas, em relação a isso.
Levar os alunos à reflexão de “não faça com os outros o que não quer que seja feito com você”.
Disponibilizar o trabalho para a direção das escolas.

Na coleta de depoimentos, ficará acordado com os alunos não nominar os professores praticantes de bullying, pode ser citado em que matérias  ocorrem essa prática( pois vários professores dão a mesma matéria). O trabalho  não tem caráter de revanchismo ou entreguismo, será feito com o objetivo de mostrar para a comunidade escolar quão danosa pode ser essa prática para o aprendizado do aluno.

Público Alvo

Alunos do curso de formação profissional em Técnicas Administrativas
Disciplina – Ética

Obs.: Neste curso técnico os alunos são provenientes de diversas escolas públicas da região.

Desenvolvimento da Atividade

Os alunos farão 4 grupos de 5 e entrevistarão uns aos outros, sobre quem sofreu bullying pelos professores ou tenham presenciado esta prática na escola. Esses depoimentos serão gravados com os celulares dos próprios alunos.

A coleta, montagem e edição ficará a cargo do professor que as finalizará com o software Windows Movie Maker e depois gravará um DVD com os depoimentos para exibição em sala de aula e posteriormente entrega do material para a direção das escolas.

Resultados esperados

Reflexão sobre  uso da autoridade e poder em sala de aula, sob os olhares da ética.
Coleta de subsídios para que a direção possa intervir na correção desta prática advinda do professor.

Mídias a serem utilizadas
TV , vídeo, computador e celular.

Apresentação

Exibição do DVD via TV para a turma.

Mapa Mental.

Mapa mental, ou mapa da mente é o nome dado para um tipo de diagrama, sistematizado pelo psicólogo inglês Tony Buzan, voltado para a gestão de informações, de conhecimento e de capital intelectual; para a compreensão e solução de problemas; na memorização e aprendizado; na criação de manuais, livros e palestras; como ferramenta de brainstorming (tempestade de ideias); e no auxílio da gestão estratégica de uma empresa ou negócio.
Fonte: Wikipedia.










terça-feira, 29 de agosto de 2017

A TECNOLOGIA UTILIZADA NA EDUCAÇÃO PELOS PADRES JESUÍTAS NO BRASIL COLONIAL





Proposta de Ação Pedagógica

O CURSO

A entidade educacional fornecedora do curso é uma entidade de capacitação técnica com expressão nacional e possui em todas as salas de aula 01 computador multimídia com acesso à internet por rede sem fio, TV Pendrive, além de DVD e data show.

A disciplina, objeto dessa proposta pedagógica, é Ética e Trabalho.

O público-alvo são os clientes do Curso de Formação em Técnicas Administrativas, cujo requisito mínimo para ingresso é ter o 2º grau completo.

Carga horária: 18 horas. As aulas ocorrerão 3 vezes por semana - às segundas, quartas e sextas, com duração
de 3 horas cada, no horário das 15:00h às 18:00h com intervalo de 15 minutos.

PROPOSTA DE AÇÃO PEDAGÓGICA

I. EMENTÁRIO

Entender o mundo do trabalho em suas múltiplas facetas, bem como perceber-se parte dessa totalidade, contribuindo, participando, autorizando e recusando diferentes práticas sociais é a exigência feita ao trabalhador-cidadão, tanto em sua vida profissional quanto na própria constituição de sua identidade.

Certamente não é coincidência nem modismo a demanda da sociedade por comportamentos éticos. A exigência de ética na política, na medicina, no direito, bem como a rejeição unânime da corrupção em suas diferentes modalidades significam a busca de qualidade de vida, passando necessariamente pela formação ética dos indivíduos e, conseqüentemente, por uma sociedade pautada por comportamentos éticos.

II. OBJETIVOS

* Levar o aluno no decorrer do módulo à reflexão para que possa delimitar a questão ética, relacionando-a à produção e ao domínio das normas e dos valores que regulam a sociabilidade ou a convivência dos homens em sociedade.

* Caracterizar a especificidade e a estrutura do agir moral, diferenciando-o de outras dimensões do agir humano;

* Identificar as formas lógicas e os tipos de justificação dos juízos morais.

III. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

1. Ética: Um Breve Histórico
    1.1. Antiguidade: a associação entre Ética e Política.
    1.2. Sociedade Medieval: a ética da interioridade.
    1.3. Sociedade Moderna: a ética do trabalho.

2. A Evolução do Mundo do Trabalho
    2.1. Das Manufaturas à industrialização.
    2.2. A Administração científica da produção.
    2.3. Evolução Tecnológica e Flexibilização do Processo Produtivo.

3. A Crise dos Valores da Modernidade
    3.1. Repensando os Valores da Modernidade.

4. A Dimensão Ética na Empresa
    4.1. Da Responsabilidade e do Compromisso com a Comunidade.
    4.2. Compromissos e Responsabilidades do Administrador.

IV. METODOLOGIA DE TRABALHO


A disciplina desenvolver-se-á através dos seguintes momentos:
a) Aula expositiva pelo professor, usando o PowerPoint como recurso;
b) Exercícios em que os alunos criarão palavras cruzadas sobre o tema ética.
c) Exibição do vídeo O mercador de Veneza,baseado na peça de Shakespeare, para debate.
d) Formação de grupos em sala de aula para a elaboração de um código de ética voltado a uma escola.
f) Produção escrita individual pelos alunos, com estudos de casos que envolvam o tema ética veiculados pela imprensa. A coleta dessas notícias será feita na internet, revistas e jornais impressos.

V. AVALIAÇÃO


A avaliação feita pelo professor se dará através da observação na participação dos alunos, individual e em grupo, que terá pontos que serão acordados com a turma e acrescidos ou diminuídos da nota da prova que será aplicada ao final do módulo. A nota mínima de aprovação será 7 (sete).

VI. RESULTADOS ESPERADOS

Ao final desse módulo espera-se que o aluno tenha assimilado valores como:
    • Honestidade;
    • Respeito;
    • Comprometimento;
    • Confiança;
    • Responsabilidade;
    • Exemplaridade;
    • Justiça;
    • Solidariedade;
    • Transparência.

VII. MATERIAL DIDÁTICO

    * Apostila fornecida pelo próprio curso.
    * Acesso à biblioteca da instituição para pesquisa em revistas e jornais.
    * Acesso ao laboratório de informática para pesquisas na internet.

VIII. BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA

DRUCKER, Peter. Fator Humano e Desempenho. São Paulo: Pioneira, 1991.
HOBSBAUWM, Eric J. Mundo do Trabalho. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
VALLS, Álvaro L. M. O que é Ética? 5. Ed., Rio de Janeiro, 1996 ( Coleção Primeiro Passos).

Utilização de Fotologs e Videologs no Processo de Ensino

Utilizo o fotolog e o videolog há bastante tempo. Através deles compartilho minhas fotos com filhos e amigos, troco impressões com outros usuários sobre lugares visitados e enriqueço meus conhecimentos com  essas informações.
Os fotolog que utilizo é o Picasa, que atualmente também permite o envio de vídeo. Através dele posso tornar meu arquivo público ou estabelecer restrições, permitindo que só pessoas de meu interesse possam acessar minhas imagens. Para vídeos, utilizo o videolog. Ali coloco os vídeos de minhas viagens para compartilhar com amigos.

No quesito educativo, é mais uma ferramenta atrativa para utilizarmos junto aos nossos alunos. Como uma das matérias que dou é informática, meus alunos costumam produzir vídeos com seus celulares e os editam no Windows Moviemaker para depois disponibilizá-los no youtube.
Quando estão trabalhando com fotos no MSPaint, eles tratam as fotografias colocando alguns efeitos e postam no Orkut. Após a conclusão dos trabalhos, começam as trocas de opiniões virtuais sobre as produções postadas: Como você fez isso? Bacana esse efeito. Dá uma olhada no meu trabalho.
Essas  ferramentas  propiciaram  estímulo à criatividade de diversos alunos que não imaginavam do que seriam capazes de fazer.

O uso didático dos fotologs e videologs
podem ir muito além da minha experiência acima. Vai depender do projeto elaborado pelo professor e alunos. Esse ferramental pode ser utilizado para qualquer disciplina.
Posso relatar a experiência do meu filho, que é professor de física. Ele elaborou um vídeo sobre partículas e disponibilizou no videolog para debater com a turma. Outro exemplo é o nosso: aqui na UAB, cada cursista fez um vídeo e disponibilizou no youtube. Todos nós trocamos impressões, experiências uns com os outros,  sobre nossas produções. Agregamos conhecimento de diversas áreas, uma vez que, cada participante fez um  vídeo adequando o  tema proposto à sua visão de mundo.

Os Blogs como Ferramenta Pedagógica

Antigamente (bem, o que é antigamente mesmo?) utilizávamos caderno capa dura (o diário) para registrarmos momentos importantes de nossas vidas. Continham poesias, relatos de viagens, relacionamentos  com  amigos  e namoros, dentre outras coisas.Hoje continua tudo como antes, só que com a internet.

O blog é uma ferramenta de  fácil
manuseios que permite ao internauta disseminar suas idéias e opiniões  e receber retorno de seus  leitores. Nos blogs os assuntos são dispostos em ordem cronológica inversa e pode ser atualizado freqüentemente, podem ser inseridos vídeos, fotos e permitidos  comentários de terceiros através de configuração do menu “definições”. Ultimamente os blogs evoluíram para uma espécie de “imprensa alternativa”, uma vez que muitos blogueiros estão utilizando seus espaços para produzirem conteúdos que vão muito além de um simples “diário de minha vida”, emitindo opiniões sobre política, comportamento, criando
poesias e material literário. Alguns  já foram parar nas livrarias.

Nas escolas muitos professores já têm seu blog e interagem com os alunos por meio deles, tirando dúvidas de maneira mais intimista e descontraída e colocando assuntos complementares às suas aulas no blog. Os blogs  apresentam uma linguagem mais próxima do aluno, sem formalidades e é de fácil utilização. Os alunos se sentem muito à vontade em transitar num mundo que já é de seu domínio há muito tempo.

Como exemplo prático cito abaixo parte do artigo “Escola usa blogs e fórum para deixar aulas mais interativas e interessantes”, retirado do site da Prefeitura do Rio de Janeiro:

“Algumas unidades da rede estadual já apresentam ótimos exemplos de como integrar ensino e tecnologia, usando as possibilidades de interatividade que existem na web. No Colégio Estadual Monsenhor Miguel de Santa Maria Mochón, em Padre Miguel, Zona Oeste do Rio, os alunos dispõem de um fórum e um blog, além  do  blog “institucional”, da escola: http://www.mochonemi.blogspot.com. O projeto começou no início de 2010 e conta com a supervisão do professor de Língua Portuguesa Marcel Costa, que já possuía conhecimento na área de processamento de dados. 

No blog criado pelos e para os alunos (http://eletivas2010.blogspot.com), são postados trabalhos feitos a partir dos temas sugeridos pela escola a cada bimestre, bem como um pouco do dia a dia dos estudantes.  Cada turma tem seu espaço no blog. Lá, é possível assistir a vídeos e ver as fotos produzidas durante as pesquisas escolares e os eventos do colégio. O post é sempre escrito em conjunto, na sala de aula e depois  revisado pelo professor Marcel e publicado por monitores.”
http://www.rj.gov.br/web/imprensa/exibeconteudo?article-id=361000


Sem dúvida alguma os blogs podem contribuir muito com o ensino-aprendizagem: aumentando a comunicação entre educadores e alunos; estimulando a criatividade dos alunos; direcionando material colaborativo com atratividade e coerência com o que está sendo estudado em sala de aula e caso seja utilizado para avaliação, estabelecer com os alunos quais critérios serão observados.

O Computador em Sala de Aula

“Valente (1993) aponta que a introdução do computador nas escolas provoca três posições: indiferença, ceticismo e otimismo."

Com base na observação acima, fico com o otimismo responsável e bem fundamentado. Nada de ceticismo e indiferença, são palavras que geram atitudes que não criam, só engessam e não permitem nem o erro. Através do erro, podemos mudar o rumo, acertar, aperfeiçoar e ir em frente.

Escola e Tecnologia

As escolas em geral, estão equipadas com os mais diversos recursos tecnológicos, mas há de se enfatizar que boa parte dos educadores ainda não os utiliza pelos mais variados motivos: uns por estarem presos no tradicionalismo, outros por desconhecerem os equipamentos de que a escola dispõe, ou por não saberem como funcionam. É imprescindível que a escola desenvolva um trabalho com esses professores, visando o bom aproveitamento dos materiais adquiridos para a melhoria da educação.

Ter uma sala de aula com computador, internet, vídeo, TV pen drive, data show, aparelho de som e demais recursos tecnológicos sem saber o que fazer com eles ou como um se comunica com o outro, de nada adianta.
É necessário que o professor conheça as especificidades dos recursos à sua disposição para poder incorporá-los em seus objetivos didáticos, de forma que possa enriquecer com novos significados as situações de aprendizagem vivenciadas pelos alunos. Para tanto, é necessário o treinamento e a vontade do professor de estar receptivo a estas novas tecnologias para poder saber “como”, “o quê” e o “porquê” de usar determinadas mídias. O professor que solicita uma pesquisa, pela internet, sobre determinado tema, sem mediar no momento oportuno, pode não atender ao objetivo principal da aula, que é fazer com que o aluno retenha os momentos mais significativos do assunto pesquisado.

Quebrando Paradigmas

Mudanças requerem uma postura diferente diante do novo e geralmente provocam medo, desconfiança e insegurança. Daí ser difícil mudar em qualquer nível de nossas vidas: mudar de namorado, de casamento, de casa, de trabalho e de tecnologia, seriam alguns bons exemplos.

Para que a o processo assimilativo de qualquer mudança se torne efetivo é necessário treinamento e educação ( no sentido de tomar gosto pelo ..) em relação ao objeto de mudança. Assim, treinar um professor no uso do computador, da internet e de outras Tic's, só será eficiente se ele se sentir motivado (no sentido de educado para..) a explorar as potencialidades dos equipamentos à disposição; caso contrário o educador usará a tecnologia de maneira limitada utilizando somente suas funções básicas.

Quem é treinado cumpre uma tarefa, mas dificilmente se adapta a mudanças ou é criativo. É preciso estímulos constantes e ousadia. Na maioria das vezes o medo de errar é o que provoca resistência às mudanças. Por isso, para aceitar o novo é preciso primeiramente conhecê-lo e depois aprender a utilizá-lo de maneira eficiente.

Internet em sala de aula

“A geração que nasceu depois do surgimento da internet tem a sua disposição o maior volume de informação da história. Mas novos estudos sugerem que a intimidade dos jovens com o mundo digital não garante que eles sejam capazes de encontrar o que precisam na internet.”
(Revista Época – Reportagem de Bruno Ferrari–13/11/2011)


O uso da internet em sala de aula permite ao professor inserir material extemporâneo, consultar assuntos interligados ao tema, acessar jornais, revistas especializadas, Wikipédia e outras fontes em tempo real. O que enriquece aula e a torna mais atrativa, colaborativa e dinâmica.
Para isso o professor precisa: conhecer como utilizar com eficiência as ferramentas de pesquisas na internet; ter foco, para não se perder devido a falta de linearidade no ambiente da web, que pode acabar levando o usuário a se desviar da pesquisa inicial não se aprofundando no que interessa ou se atendo a sites que geram informações não confiáveis. A prática do uso adequado pelo professor desta ferramenta e sua consequente disseminação em sala de aula é que determinará a sua efetividade.

O grande desafio é mostrar aos alunos que a internet e seu grande slogan de um mundo livre onde se pode escrever qualquer coisa e dizer tudo que se pensa, está com seus dias contados e sua má utilização pode trazer consequências legais, sanções, demissões e muitas vezes acabar com a vida de terceiros. Em uma aula de ética, mostrei um trabalho de tipificação de crimes na internet. Os alunos tiveram oportunidade de refletir que coisas aparentemente bobas e inofensivas registradas na internet podem ser consideradas crimes e sujeitas a sanções do código civil, pois enquanto não há uma lei específica de crimes cibernéticos no país, procura-se a melhor forma de enquadrá-los nos códigos vigentes.

Conclusão

Para que o sistema educacional tenha êxito nessa jornada, é necessário que o sistema invista de forma significativa no professor, que é o agente de mudanças, para que conheça bem essas tecnologias, domine-as para poder criticá-la junto aos alunos e a sociedade com conhecimento de causa, ajudando a levantar alternativas para a sua melhoria.

Mapa Conceitual

Mapa conceitual é uma ferramenta para organizar e representar conhecimento, segundo Prof. Joseph Novak (1932-), que criou a técnica e a teoria a respeito dos mapas conceituais. De uma maneira geral, o mapa conceitual é um aperfeiçoamento do organograma, apresentando muito mais detalhes. É utilizado na área e ducacional e treinamento.

O mapa conceitual, originalmente foi baseado na teoria da aprendizagem significativa de David Ausubel (1918–2008). Na aprendizagem significativa existe uma interação entre o novo conhecimento e o já existente
pelo aluno ou treinando. Dessa forma, o conhecimento pré-existente passa a servir de base para a atribuição de novos significados, levando o aluno a um estímulo do processo cognitivo, uma vez que uma rede de conhecimentos começa a surgir a partir de um conceito já conhecido. Poder-se-ia dizer, que há aí um brainstorm de significados e conceitos.

O interessante do mapa conceitual, é que a estrutura cognitiva vai constantemente se reestruturando durante a aprendizagem, uma vez que novas frases de ligação vão surgindo gerando novos conceitos de conceitos anteriores, o que o torna dinâmico.

Em resumo podemos dizer que o Mapa Conceitual:
  • Ajuda o aluno a organizar e representar suas idéias graficamente;
  • Parte do que o aluno já sabe e faz relações entre os conceitos adquiridos durante o desenvolvimento da atividade;
  • Ajuda o aluno a reconhecer o conhecimento adquirido e relacioná–lo a o seu conhecimento prévio.

Fontes:
Material de apoio do curso
Wikipedia
http://www.educared.org/educa/index.cfm?pg=internet_e_cia.informatica_principal&id_inf_escola=642
http://www.slideshare.net/dawison/mapas-conceituais-exemplo

Desenvolvimento Auditivo da Percepção de Sons


Rádio e Educação

Rádio e Educação no Brasil e Formas de utilização

O rádio estreou no Brasil em 7 de setembro de 1922, com uma demonstração no Rio de Janeiro, na Praia Vermelha, no Bairro da Urca. Em 20 de abril de 1923, Roquete Pinto funda a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro (naquela época não podia haver patrocínio, associados mantinham a rádio com suas contribuições), uma rádio de iniciativa privada, que mais tarde Roquete Pinto entrega para o Governo Federal em prol da educação popular no Brasil.

“Funcionou como uma verdadeira sociedade, sendo mantida através de contribuições financeiras de seus sócios. As transmissões educativas eram a base da programação da Emissora, e a música erudita também tinha um papel de destaque na programação, com os próprios sócios levando seus discos para serem tocados durante a programação.
Transmitia cursos de línguas (entre elas o esperanto), geografia, história, física, química, palestras científicas e quartos de hora literários e infantis. Em 1936 foi doada ao Ministério da Educação.”
(referência bibliográfica: O Rádio Educativo no Brasil - de Fábio Prado Pimentel. Ed. SOARMEC, RJ 2004)

A título de ilustração cabe mostrar o quanto era visionário Roquete Pinto:


“ Não é possível dar por miúdo, aqui os detalhes do grande plano idealizado para transformar em cinco ou seis anos a mentalidade popular da minha terra.  Em linhas gerais é o seguinte:
        1°- Cada Estado, na sua capital, dispondo de estabelecimentos de ensino de certo vulto, fundaria uma grande rádio-escola. Um entendimento entre os governos, sob os auspícios do Governo Federal, permitiria a aquisição das vinte poderosas estações necessárias. Seriam todas do mesmo tipo, por economia, fornecidas em concorrência pública. 
Não há um só Estado do Brasil em condições de não poder com essa despesa.  A função dessas vinte grandes Rádios Escolas Estaduais, seria puramente diretora.  Seus programas educativos mostrariam às cidades do interior o caminho a seguir.“
Artigo: Cinzas de uma fogueira (Pelo Rádio – 1923-1926)–Roquete Pinto
Fonte: http://www.radioeducativo.org.br/1024/artigos.asp?currentPage=3

 
De lá pra cá, o rádio vem apresentando resultados bastante significativos na educação brasileira, ainda mais com suas  caraterísticas camaleônicas de se adaptar e sobretudo se incorporar as novas mídias, como Web, Mp3, TVs a cabo... O rádio, agora, com  transmissões pela internet é mais um recurso midiático nas mãos do professor, permitindo se reinventar para o século XXI. 


Formas de Utilização do Rádio na Educação
Alguns exemplos

Linha do tempo. Ações de sucesso utilizando o rádio como instrumento educativo

1941 – Universidade no Ar, pela Rádio Nacional do Rio de Janeiro.
1957 a 1963 - Sistema de Rádio Educativo Nacional (Siren).
1957 - 1970 - A Igreja católica empreendeu uma experiência em educação à distância na Região Nordeste através de suas dioceses, com suas escolas radiofônicas. O MEB (Movimento de Educação de Base) funcionou de 1957 até meados de 1970, conseguindo alfabetizar meio milhão de pessoas.
1970 – Projeto Minerva (finalidade de educar pessoas adultas), visava complementar o trabalho desenvolvido pelo sistema regular de ensino e possibilitar a promoção da educação continuada. Como estávamos sob regime militar, todas as emissoras radiofônicas eram obrigadas a transmitir o programa.
1979 – São inauguradas as FM educativas.
A partir de 1995 são ampliadas as ofertas radiofônicas educativas, agora também pelas rádios comunitárias e começam a surgir as emissoras educativas na Internet.

Rádio Comunitária e Educação

A rádio comunitária é uma emissora de rádio FM com alcance máximo de 1 km a partir de sua antena retransmissora. Tem por objetivo proporcionar cultura, lazer, entretenimento para pequenas comunidades. A rádio comunitária surge como um veículo de participação democrática dentro da comunidade, uma vez que contribui para a difusão da cultura regional de reflexão das questões que influenciam o seu dia-a-dia.
Um bom exemplo de rádio comunitária com cunho educativo é a Rádio Favela FM de Belo Horizonte, fundada em 1981. Foi considerada pelo Sindicato dos Jornalistas da Alemanha como uma revolução na Mídia do (até então) Terceiro Mundo. Rádio Educativa feita pelos próprios moradores e dentro de sua realidade. Viva Paulo Freire!

“A rádio comunitária deve divulgar a cultura, o convívio social e eventos locais; noticiar os acontecimentos comunitários e de utilidade pública; promover atividades educacionais e outras para a melhoria das condições de vida da população.” (Ministério das Comunicações)

Projeto Educom.Rádio

Toda escola municipal de São Paulo, tem direito a uma rádio (lei municipal 13.941 de 28/12/2004), é o programa Educom.Rádio. Um bom exemplo na implantação do programa é a Escola Municipal Rui Bloin, no Jardim Santo Elias na zona norte de São Paulo, conforme depoimento abaixo:

“ Para a professora de educação física Sandra Lúcia dos Santos, capacitada pelo programa para orientar os alunos da Escola Municipal Rui Bloin, a rádio que funciona em sua unidade de ensino já exerce um  importante papel pedagógico. “Os alunos mais tímidos ou com dificuldade nos esportes encontraram um excelente meio de expressão – podem falar sem precisar aparecer”, cita um exemplo. “E, fazendo reportagens, todos, tímidos ou não, aprendem com mais prazer.”
Os jornalistas-mirins da Rui Bloin fazem entrevistas e cobrem eventos. Uns treinam os outros e, assim, o trabalho continua mesmo quando chega a hora de as primeiras turmas capacitadas deixarem a escola.
No ano passado, o colégio organizou uma visita ao Centro Educacional da Cultura Indígena (CECI). As entrevistas com os índios foram um sucesso e, a partir de então, todos os passeios viraram reportagens em
potencial.”
Fonte: http://www.arede.inf.br/inclusao/edicoes-anteriores/63-%20/464


Minha Experiência Pessoal com o Rádio

Utilizo o rádio, constantemente, como instrumento de notícias. Ouço diariamente, enquanto uso o computador.

Sintonizo a rádio CBN Rio na web e acompanho as notícias, entrevistas e análises políticas. A rádio disponib
ilizada na web, ainda me permite baixar os arquivos em podcast para ouví-los posteriormente no Mp3 enquanto caminho. Também escuto a rádio JB FM, pela internet, pois apresenta uma seleção de músicas de ótima qualidade, além de notícias a intervalos regulares.

O hábito de ouvir rádio e especificamente as rádios "que tocam notícias", já vem de longa data, pois sempre gostei de caminhar e fazia minhas caminhadas no Rio ouvindo rádio.

Costumo, também, fazer consultas às bibliotecas digitais e ouço muitos arquivos em podcast da Biblioteca Digital do Senado federal, bem como a Rádio Senado e a Rádio Câmara.

Reforçando o que disse na primeira página, o rádio vem acompanhando as mudanças tecnológicas e sociais e por isso se mantendo firme frente às outras mídias, inclusive se integrando a elas, basta ver que todas estão na web e nas TVs a cabo.
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Fontes de consulta:

Centro de Referência do Rádio Educativo Cultural
http://www.radioeducativo.org.br/1024/artigos.asp

O Rádio Educativo no Brasil: uma reflexão sobre suas possibilidades e desafios1
Autora: Profa. Dra. Ivete Cardoso do Carmo Roldão2
Pontifícia Universidade Católica de Campinas
http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2006/resumos/R0905-1.pdf

Educação a Distancia Via Rádio
http://www.eps.ufsc.br/disc/tecmc/bahia/grupo8/site/pag6.htm

Arede – Tecnologia para Inclusão Digital
http://www.arede.inf.br/inclusao/edicoes-anteriores/63-%20/464

É Tempo de Aprender!
http://carleteles.blogspot.com/2007/11/rdio-comunitria-e-educao.html